sábado, 30 de outubro de 2010

Velho demais.

Um velho na estrada
Me  pediu um cigarro
O velho da estrada me pediu o violão

A antiga canção dizia
Que o mundo ia acabar
Falava da destruição
Do céu da  terra e do mar

Do dia em que o mundo iria se cansar
E que seus  algozes  iria expulsar
Sem vingança ... só devolução

De todos ultrajes ...
De todos  abusos...
De todos os males...

O mundo não precisava daquilo,
Estava pesado  demais para carregar
Os humanos não se cansavam ...
De poluir,de desmatar ...de machucar

O cigarro apagou
A canção cessou
O velho disse que já se ia
Que talvez um dia voltaria

Quando os humanos...fossem  racionais
Mas para o velho aquela estrada...
Já era longa demais.
Vai!Vai!Vai!

Volte de onde veio
Atravesse o rio,
Se esconda, fuja de medo

Mas o rio esta poluído,
E sua mente esta vazia
Reaja ao desespero...
Não se entregue a agonia

Calma, lá vem a policia
Mas que ironia.
São os corruptos
Dos quais você foge todo dia...

14 anos apenas,
Porem é a imagem da pobreza
Sem gentileza,
Dois tiros e acabou a incerteza


Policial não quer saber
Se é estudante ou infrator
Pesa... o conceito racial
Medo de morrer , homem = animal

C.N.H

Cruzes nas estradas,
Pontos sem paradas...
Perigo nas curvas
Medo de chuvas

Ultrapasse em um olhar,
Batida de arrasar.
Agonia de chegar,
Desespero de esperar

Sangue no asfalto
Vidas... no assoalho
Paramédicos de plantão
Conseguem uma ressurreição

Sentidos retardados
Memória abalada
Vida desregrada
Almas repartidas...

Não voltam ao normal...
Presságio do mal
Realizou-se com sucesso
Entre álcool e direção
Não existe moderação.

Blues da saudade.

Era só um negro,
tocando um blues na calçada...
O blues do coração,
cheio de sentimentos e verdades...

Era só um negro,
tocando um blues na praça
rodeado de amigos...
cervejas e cigarros

Era só um negro,
tocando um blues na rua
pregando a hipocrisia do militarismo,
e suas mentiras absurdas...

Era só um negro,
tocando um blues na praça,
No meio de uma mancha , um boneco...
Um feiticeiro do sul e um aspirante a coronel...

Era só um negro,
tocando um blues na rua...
rodeado de amigos e amizades,
E tudo de verdade...

Era só um negro...
tocando um blues na calçada,
Um triste blues de cansada Saudade.

(Irônico) Mundo moderno

Corrupção,drogas
assassinatos, pedofilia
Pornografia... Lave suas mãos
não se misture com tanta porcaria

Onde está a glória?
Das nossas velhas histórias,
antigos livros...
Que ficaram na memória

Onde está homero?
Com seus gregos e troianos
andando pelas ruas,
só encontramos espartanos...

Os ensinamentos do velho homem...
Que dividiu a história,
ficaram na bíblia
Mas não nessa sociedade retórica...

Nossos heróis atuais,
estão decaídos,
O brilho do ouro
ofuscaram-lhe os olhos...

Ficaram cegos,
E caíram na merda...

Sem paciência para títulos.

Salva-me, a humanidade...
Inutéis de verdade,
destruídos e destrutivos,
lindos ignóbeis

Modelos de perfeição
consumistas de plantão...
Brindemos a guerra, brindemos a "paz"
Mas a harmonia nunca mais.

Ameaça nuclear
A mentes celulares...
Mente bitoladas, saciadas de agonia
mundo secular...fadado a acabar.


(Sem interagir,sem intervir
Condenados a se auto-destruir)

As vezes

As vezes, me sinto só...
Como um rato sem buraco,
um coelho fora da cartola...

Tão ruim quanto isso,
é saber que não me encaixo,
em vida tão tediosa...
Sem altos, sem baixos...

Bêbado estou, embriagado...
De ilusão...
Um dia ser poeta, apaixonado,
Médico de plantão [ha...ha...ha]

Ao reunir tantos sonhos
esquecemos dos pesadelos,
das tristes mazelas
de nossa existência singela...

Desafiado a buscar
quinquilharias inutéis...
Carros,casas,status.
Que não levarei ao buraco.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sem nome, porém reservado.

Amigos... O que mais seriamos?
Cúmplices no palco da vida,
Encontrados por acaso
na estação, no fim da linha,largados.

Como um poema sem rima
encontramos harmonia,
na música...Sem melodia
dividimos as mesmas alegrias...

Ironia ou destino?
Os desencontros dos nossos caminhos...
Simples emoção, surpresa, adrenalina.
Embriaguez de morfina...

Frio arrepio, olhar mira o vazio.
As lembranças que me afligem...
Nada valerão, perto das marcas
Que fizeram em mim teu coração...

Conhecer-te, trouxe-me paz
esquecer-te, nunca mais...
Erros em segredo falhas a parte,
Parecemos até perfeitos

Poema sem rima
escrito sem inspiração...
Falo-te com minha razão
talvez até...uma ´piada

Compaixão,inteligência
Humildade,solidariedade...
Como? Tantas qualidades...

Improviso descuidado
amor revelado,gritado,sufocado.
Coração rasgado, olhar de agonia
triste fim da mal fadada confusão.

Sentimentos misturados com a Razão.

Apresentação

Eles excluem e eles mentem,
Querem a sua indolência
adolescência reprimida,
juventude vazia...

Democracia, justiça
anuladas dia-a-dia...
Verdades não ditas
Mentiras Repetidas

Sem expressão de sentimentos
Coesão de identidade...
Privação de escolhas,
oportunidades roubadas

Exatas inexatas...
Erros e erradas...
Não voltarão a acontecer,
Aprendemos a escolher.

Do Zé ( presente para ex-namorada dele )

Olhos,pele,voz, cabelos...
Como? Podem ser tão perfeitos!
A exatidão da minha razão,
perto de você perde o chão...

Séra capricho ou paixão,
o começo da nossa história
torço pela paixão.
Não aguentaria uma simples lembrança sua
na minha memória...

Quero conhecer tua essência,
poder-te falar ... Com certeza
que o meu amor por você,
não é mais uma das minhas incertezas

Poder-te conhecer, sem medo
poder-te dar ternura,afeto,aconchego...
Segurar tuas lágrimas quando,
seus olhos as derramarem

Embalar teus sonhos,
sem que me peças, beijar tua face...
Sem sacanagem só amor de verdade...

O que esperar da nossa relação?
Compromisso, dar-te-ei atenção
mas te peço...Compreensão
E, que não haja mentiras em nossa Paixão



Obs.: Esse presente não chegou a ser entregue . kkkkk

NaçãoZINHA

Escrito em insônia
Sem moral nem direção
Fruto apenas, da imaginação
Sujo, vulgar, noite de azar

Em tom mórbido depressivo...
Valores que não se encontram
Em livros
Mas na realidade, assustadora e fria

Rimas perigosas, aprendidas
 Num Brasil...de escolas fudidas
Públicas de ruins a piores...
Cheias, de pessoas esperançosas...

Que não desistem,
E continuam a bater na porta
Pessoas boas, de puro coração
Que comem o lixo,
De uma minoria da nação...

O resto aos pobres
Eles não precisam de educação,
Deixa a caridade, para os dias de eleição

Hipócrita...nega teu povo
Desertor... trai tua pátria
Pobre de espírito... Alma de flagelado

Mas a culpa não é tua, a culpa é nossa
Que sempre aceitamos as tuas propostas...

Nação de poucos
Levantada por muitos
Destruída por todos...

Só nos resta a diversão,
Aproveitar  nossas meninas
Que vivem de prostituição

Viver de restos,
Brincar de cidadão
Em nosso barraco...
Forjado na ilusão.

Futuro

Para onde vamos?
Sem cultura, mas com impostos
Para onde vamos?
 Nas sextas e sábados,
Quando não tem futebol
Para onde vamos?
Depois do bar, e da cerveja
Sentados no chão, Sem direção,
Não queremos nada, apenas caminhos...

Sem desvios , Sem espinhos...

Me diga a verdade!

O que queremos?
Dinheiro e emprego
Amigos e mulheres
Carros e imóveis
Ser estrelas do rock...
Divertir, se exibir

Ou apenas esquecer de sonhar...
Com boas pessoas e velhos heróis
E que um dia... nossa realidade irá mudar...